Policiais civis do RN decidem adiar a greve
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol/RN) decidiu em uma assembleia realizada na manhã de ontem dar mais algumas dias para o Governo do Estado. O indicativo de greve marcado para ontem foi adiado para o próximo dia 25. A decisão foi consequência de uma evolução nas negociações que começaram ainda na paralisação da categoria ocorrida em novembro do ano passado. Na proposta feita pelo Governo do Estado em uma reunião ocorrida no Gabinete Civil com a diretoria do Sinpol na noite de quinta-feira, está a divulgação de um edital de convocação dos aprovados no concurso da Polícia Civil – realizado no início de 2009 – para o próximo dia 22. Com isso, o curso preparatório para os agentes começaria logo em seguida e daria tempo dos aprovados serem nomeados ainda neste ano.
Outro ponto em que o Governo sinalizou positivamente foi para as promoções garantidas desde outubro de 2004 e o pagamento do retroativo em, aproximadamente, 64 parcelas – que variam de um cargo para o outro. A implantação do plano de Cargos, Carreiras e Salários também esteve na pauta da reunião entre governistas e Sinpol. “Eles falaram que iriam implantar, mas queremos saber se isso vai ser feito do jeito que queremos ou se haverá alguma ressalva”, afirmou a presidente do Sinpol, Wilma Marinho.
A eterna novela da retirada dos presos das delegacias foi também assunto de discussão na reunião com o Gabinete Civil. O Governo pediu também um prazo maior, pelo menos até a formação de novos agentes carcerários, para retirar todos os presos das DPs da Grande Natal. “Para esse ponto, eles pediram até o dia 15 de abril, que é para quando está marcada a formação desses agentes”, afirmou.
Esses, porém, foram os únicos pontos discutidos na reunião. Outras reivindicações, autonomia financeira da Polícia Civil e a criação de um fundo de investimento para a categoria foram deixadas apenas para o encontro marcado para o dia 24. “Com isso, adiamos o indicativo de greve para o dia 25, quando será feita uma nova assembleia. O Governo do Estado pediu um prazo maior para considerar essas reivindicações e concedemos, mas isso não poderá ser protelado para sempre, pois estamos nessa batalha já há muito tempo”, afirmou Wilma Marinho.